sexta-feira, julho 28, 2006

AMOR PASSADO


E agora ... Minha vida andava tão conturbada, tão cheia de pensamentos impuros, tantas foram as coisas ruins que aconteceram e me cai um anjo do céu. Era a transformação, tinha comigo agora uma pessoa que compartilhasse das minhas ansiedades, dos meus medos, das alegrias e tristezas. A presença dela perto de mim, na conversa, no beijo, no abraço era como se fosse um presente a cada encontro. Antes a insônia e acordado eu não conseguia pensar muito, eu acordado quase todas as madrugadas. Ao te conhecer, passo a sentir a vida de outra forma ...mas alegre, o céu para mim se tornava sempre azul ... a emoção era tão forte, a sensação e a sensibilidade a flor da pele. Ao me entregar de corpo e alma a ela, comecei a sofrer porque não te quero só como amiga e sim como minha mulher, pois como amiga não poderei sentir o seu cheiro, os seus lábios e tocar a sua pele. Sofrendo quase que um ano inteiro, passo a sofrer por outra, pois o meu amor é volúvel demais ... Achando sempre na perda que tudo para mim se acabou, me marco a ferro e fogo, pensando no antes e no agora. Em verdadeira agonia sentimental ... Ela se foi, a outra veio. E agora?

(EDUARDO BARROS)

TEMPO DE LAURA


Sabe amor, olha eu aqui pensando novamente ... O quanto a vida as vezes é cruel com a gente aos mesmo tempo tão boa. A gente cresce, é educado, acarinhado, tratado com tanto zelo e amor, a gente vai pra escola, estuda pra caramba, se forma na vida e acha que isso vai adiantar alguma coisa e acabamos trabalhando em algo que não queremos ... aí você me pergunta ... Porque ele fala isso? A gente conhece uma menina, uma mulher, namora um bom tempo, da carinho, muito amor, se entrega todo, acabam se casando e pensamos que vamos ficar unidos para sempre ... e o destino diz NÃO. E vem a SEPARAÇÃO. Passan-se anos e derrepente quando a gente menos espera conhece outra pessoa assim do nada numa máquina de fazer letras de programas de computador. Se curtem e se amam ... daí eu digo, não é cruel essa vida? Mas como toda reflexão, quem sabe lá longe, lá trás ... não seríamos nós os SEPARADOS? Hoje essa máquina de fazer letras coloca na minha vida ... VOCÊ! Meu bem maior, meu tesouro, a mulher e pessoa mais valiosa que Deus me deu. Pensando aqui com meus botões ... Como é bom as vezes estar só e poder refletir o passado. Como a vida se torna bela para mim hoje, anos depois ... com você ao meu lado, te tendo toda por inteiro. Poder ficar aqui na saudade pensando em ti a todo tempo ... poder dizer o quanto amo você ... e que seja para sempre.

(EDUARDO BARROS)

quinta-feira, julho 27, 2006

APENAS DORMIR


Hoje me sinto tão cansado, sem nenhuma vontade de fazer absolutamente nada... sabe quando a gente olha pra tela do computador, olha pro teclado e nada?
Assim que estou agora no momento. Exaurido, totalmente prostrado... sentado aqui em minha cadeira eu escrevo pra não perder o costume.
Saindo daqui dessas linhas pouco traçadas eu vou me deitar não quero acordar tão cedo... quero invadir a madrugada com meu sono, com meus sonhos.
Só queria que todos soubessem que não estou de mal humor com a vida, nem aborrecido com qualquer acontecimento... é só um sono pesado, e mereço me deitar nesse momento, pois ele pede.
O alimento do corpo e do espírito está na perda de quem quase não dorme... e eu estou indo nessa a caminho da minha recuperação, deitar na minha bela e confortante cama.
Boa noite!


(EDUARDO BARROS)

CORREDOR VAZIO


Hoje me sinto infeliz talvez saudoso demais, andávamos juntos um grupo de garotos repleto de emoções muita zona, muita zuação.
Ficávamos a noite naquele banco do corredor do prédio passava o verão chegava o inverno... e a gente alí madrugada a dentro naquele papo que bagunça.
Hoje todos cresceram e eu fiquei pra trás, não são mais aqueles jovens de sempre... e o nosso banco agora vazio, não conta mais as nossas histórias alegres de ontem.
Eles viraram adolescentes, homens de verdade uns até casaram... e eu nesse banco frio pensando como sempre fiz.
O tempo passou, envelheci, os cabelos grisalhos, a pele do meu rosto não tão firme mostram a marca dos anos... esse tempo traiçoeiro passou por mim tão derrepente. e me deixou assim quieto, tranquilo e triste.
Essa máquina chamada tempo não perdoa ninguém, ela chega derrepente vai atropelando a gente e os nossos sonhos não se perdem nunca, pois as crianças novas que vejo nesse corredor estão aí pra continuar essa velha e longa história.


(EDUARDO BARROS)

quarta-feira, julho 26, 2006

DELÍRIO


Eu vejo a fila do banco
Eu vejo o doente morrer
Eu vejo o governo falar
Eu vejo a criança chorar
Eu vejo o mendigo deitado
Eu vejo o moleque cheirando...

Eu vejo o cara gritando
Eu vejo o idoso pedindo
Eu vejo o pobre repartindo
Eu vejo a polícia roubando
Eu vejo o ladrão se gabando...

Eu vejo os rios secando
Eu vejo a sujeira do mar
Eu vejo árvores caindo
Eu vejo a favela surgindo
Eu vejo a fúria do povo
Eu vejo a Terra, que nojo...

Eu vejo a guerra alí
Eu vejo a luta aqui
Eu vejo a bala perdida
Eu vejo o corpo no chão
Eu vejo a arma na mão
Eu vejo a mãe suplicando
Eu vejo o povo chorando...

Eu vejo o amanhecer
Eu vejo o entardecer
Eu vejo o anoitecer
Eu Vejo,
eu vejo,
eu vejo.
E nada.


(EDUARDO BARROS)

ENCANTAMENTO


No pontal daquela pedra molhada pelas ondas jogadas sobre meu corpo eu me sentia o dono do mundo.
Eu olhava lá a frente o horizonte, os barcos pesqueiros que cruzavam aquela linha sem fim.
E as linhas lançadas ao mar, ao meu lado, arremeços fortes na busca de um belo peixe, o troféu daqueles homens.
Pensativo, eu meditava sobre tantas coisas, meu corpo molhado.. fazia calor, e eu ainda com um punhado daquela areia branca, fina que peguei quando passava.
Alí naquela pedra eu esperava o tempo passar, o anoitecer e o pôr do sol chegando... pois todos os dias, na hora certa, uma pintura diferente e tão linda se fazia ver a frente dos meus olhos.


(EDUARDO BARROS)

terça-feira, julho 25, 2006

PALAVRAS MINHAS


Malfadada face que diante desse espelho se envergonha das tuas incertezas, da tua agonia.
Seus olhos lacrimejados pelo choro constante deste dia, mostrando a perturbação, a tristeza que consegue penetrar diante de tanto desgosto.
Essa droga de vida que não segue como eu quero, a vontade de sair por aí sem rumo na vida, a falta da grana, o apoio dos amigos... se é que os tenho.
Meu único amigo está aqui a minha frente, nesse espelho embassado... a minha própria imagem sendo refletida no espaço vazio desse lugar.
E com ele eu me sinto seguro... sempre naquelas horas que estou pra baixo é verdade! Parece coisa de maluco, ou talvez seja.
O importante é que eu e esta imagem nos parecemos de verdade um com o outro, eu sou ele, e ele sou eu! e isso faz-me sentir melhor.


(EDUARDO BARROS)

UMA SEMANA APENAS


Cansei um pouco de fazer o que mais gosto. Escrever...
Minha mente vazia não recebe dados suficientes para que eu coloque em pequenos versos meus relatos os contos e escritos.
As vezes acontece...
É como se fosse uma nuvem negra que passa deixando meus dedos minha mente num túnel profundo sem saída sem luz total falta de inspiração.
No vazio coloco letras musicais que ouço sempre absorvendo de suas lindas letras uma nova vontade de escrever de novo.
A inspiração volta...
Um descanso uma pausa serena e branda... parado alí fiquei.
Só uma semana...
Me esperem estarei de volta apreciem uma bela letra de um belo cantor.

Uma lembrança daquele poeta que as vezes doente se cansa também.

(EDUARDO BARROS)

sexta-feira, julho 21, 2006

INFIDELIDADE


A dor na mente
daquele que
mente orgulho
ferido e
destroçado...
vergonha!
Amargo o féu

da verdade
perdida.

Tentei deixar
pra depois e
com a ganância
da pressa eu
fui derrotado
por ela.


Aquele amor
que pensava
ter pra sempre,
virou poeira na
brisa da minha
desilusão...
eu tento relevar
tento explicar
e não consigo.

Qual a fraqueza
de minh'alma nesse
instante... não sei
proseguir me sinto
perdido e entre as
paredes do meu
quarto eu grito
o nome dela.

Todas as minhas
forças, as minhas
coisas estão jogadas
para o lado infeliz...
não existe mais alegria,
tenho que carregar
comigo a tristeza
da mentira,
da traição.
E agora?

A dor na mente
daquele que mente
acaba ficando
pra semente.

(EDUARDO BARROS)

QUESTIONAMENTO


As vezes me pergunto...
Quando começa o tudo? e Quando termina o nada?
O tudo seria talvez o nascimento de um ser? O tudo será a Terra por só ser? Cheia de vergonhas, de vazios intermináveis doentes se aglomerando nas enfermarias, portas de hospitais... pobres e podres, que se igualam a aqueles que estão no poder. Belas poltronas, um botão pra decidir, grandes gastos e roubar. O tudo é ter muito dinheiro no banco? ou estar sentado ao banco? Suplicando por um sopro de vida... poder estar sentado em sua casa, digerindo dos seus próprios benefícios. A África no Brasil, a guerra na fila do desempregado.
Saddan, Satã? Conta outra história Bush... essa não colou! miseráveis aqueles que do nada se foram por causa da sua voz...
Quando começa o tudo? e Quando termina o nada?
Das vielas, nos becos das favelas eles mandam e desmandam... com armas em punho eles vendem e compram, eles matam...
Mais e aí? Será que eles são os culpados? quem começou essa coisa toda? afinal nas folhas do jornal de todo dia, são eles os chamados " policiais " que imperam na bandidagem da primeira página...
Bala que some no peito de quem passeia no passeio... e da morte a impunidade que segue o caminho da cidade grande. Não adianta questionar! Pois isso nunca vai acabar...
E aí eu continuo perguntando...
Quando começa o tudo? e Quando termina o nada?


(EDUARDO BARROS)

A TI


Entre pequenas
linhas eu
procuro trazer
a ti meu
anjinho loiro
o desenho do
real o verdadeiro
fogo da paixão
que sinto por
você a todo
momento.

Os versos
traçados a
todo instante
são pequenos
detalhes de
nossos
sentimentos
nosso
avassalador
e grande amor
que me encanta
a cada dia que se
passa em
minha vida.

E na estrada
dessa vida
procuramos
encontrar
pessoas que se
moldem como
uma sombra...
como um anjo
bom que passa
e fica na vida da
gente pra sempre.

Nesse longo caminho
percorrido por alguns
anos passou por mim
um dia na hora certa
a pessoa que mais
quero pra mim.

Laura Meu grande
e eterno amor...
eterno porque sinto
dentro do coração que
você pra mim agora é
o meu futuro na vida.

Te Amo! Te Desejo! Te Quero! Te Muito!

(EDUARDO BARROS)

quinta-feira, julho 20, 2006

MORIBUNDO


Atirei pedras
sobre aquele
pobre moribundo
deitado calado
olhos baixos
e tristes.

Ao vê-lo parado
estático sem ação
olhando dentro
de mim
me arrependi.

Tentei sair correr
fugir e meus pés
presos ao chão
não deixava.

O momento do
remorso atormenta
chego perto o toco
e ele parado
calado me olha.

O perdão fala mais
alto e como a leveza
de um anjo eu o abraço.

Ele com suas mãos
sobre mim
abraça-me
também.

Puxo do bolso uma
nota de dez e aquele
moribundo me diz
numa só frase
repentina.

Deus o abençoe te
guarde vá com Ele
me deixe a vontade
segue teu caminho
cedeu o seu carinho
você é um
homem bom.

(EDUARDO BARROS)

MENTE POETICAMENTE LOUCA


Os vínculos
que se
integram as
profundezas
da mente
vazia onde
são efetuadas
transmissões
racionais da
loucura
humana.


Neurônios
desprendidos
e apagados,
o ouvido
médio nas
incursas e
duvidosas
vozes que
se ouvem e
que se calam.

O enigmático poder
com que os mistérios
da terceira visão no
centro de sua face
completamente
mudada e perpléxa.

Possa com sua força
e o seu poder girar
as coisas para os lados
cavernosos onde o
mal sobrepoe o bem.

E a morte lenta se
coloca presente
rapidamente porque
só os loucos conseguem
tirar da leitura
mau-oxigenada dos
dedos de quem escreve
textos sem nexo de
um poeta
extremamente
vil e cruel.

(EDUARDO BARROS)

PÉTALA


Ávida flor
que carrego
em minhas
mãos.

Suas pétalas
macias com
que trago a
narina onde
sinto seu
perfume.


Pétalas que
aos poucos
vão caindo
enfeitando
e colorindo
em forma
de tapete
aquele chão.

Pétalas que
o vento joga
longe se
espalham e
que somem
brisa fria de
um campo
ajardinado e belo.

(EDUARDO BARROS)

quarta-feira, julho 19, 2006

DJ DO PASSADO


Sons e solos,
imagens e luzes,
vidro e corte,
água e sede,
doce o beijo.

Música que me
trás lembranças
da época em que
eu tinha minha
equipe de som
onde as luzes fortes...
conjuntos, discos e
guitarras faziam
a alegria da
juventude.

A visão das imagens
que se mostrava através
daquela bola giratória
o tempo que passava
madrugada a dentro.

Eu lanchava meu
pão com queijo me
alimentava e a
bebida que saciava
minha sede era água.

Ao final de tudo cansado
esgotado ela chegava me
pegava retornando a
minha casa ao deitar
naquele dia um doce
beijo se fazia.

Eu ia dormir.

(EDUARDO BARROS)

INSÔNIA


Passo dias
de ansiedade
nervoso sem
dormir não
consigo pensar
minha cabeça
vazia nada cabia.


O sono inquieto
travesseiros rolados
pra lá e pra cá, me
levanto vou a janela
e nada ruas vazias
silêncio poucos carros
seguem seu caminho.


No corredor escuro
de minha casa eu
caminho e penso
no dia seguinte
o sono não chega.

As horas passam
o tempo vago me
cansa e volto a
janela e nada.

O relógio toca
são cinco horas
da manhã, me
deito tentando
dormir.

Os ônibus passa,
acorda o padeiro,
o jornaleiro da praça,
o dia se abre o sol chega
o sono chega
e eu deitado
consigo dormir.

(EDUARDO BARROS)

AMAR VOCÊ


Como é bom
ser amado
e amar!
gostoso sentir
o teu perfume
quando a saída
do banho
cabelhos molhados.


Você se junta
ao meu corpo
quente e sua
toalha cai...
excitante provocante.



Como é bom
poder amar!
fazer amor...
nos entregamos
por inteiro ao nosso
redor não
vemos nada.

A música que
toca se cala aos
nossos ouvidos a
porta que range
não nos assusta mais.

Como é tão bom
só eu e você!
juntinhos, totalmente
despidos ao pudor.

Caídos sobre a cama
parecemos sorvetes
derretidos... sua língua
deglute minha casquinha
e o suor de nossa libído
elevada escorre
sobre os nossos corpos.

Como é bom fazer
amor com quem
se ama! naturalmente...
deixando fluir todo o
nosso sentimento puro
e se revelando a cada
dia toda hora agora.

(EDUARDO BARROS)

terça-feira, julho 18, 2006

O VÍCIO


Na favela a subida...
a pé naquele morro.
Na calçada o cara que

olha a espreita de
arma na mão...
eu subo.
Soldados civis que

droga com droga...
a venda a troca.
O vício maltrata

eu pego entrego
a grana e volto.
Eu desço o cara

que olha e rí a
espreita de arma
na mão...
eu fujo.
Que sina eu entro

na casa eu tremo...
desespero me pico.
Estou doido

de novo caído delírio...
deitado estou morto...
vivo.

(EDUARDO BARROS)

CONVERSANDO COMIGO


Minha gente
eu fico aqui
quieto pensando
e olhando o que
poderei escrever
para o outro dia.

Inspiração da
poesia é difícil
mais a medida
que se escreve
qualquer coisa...
o fato é que temos
sempre assunto
p`ra todos os gostos.

Estou em frente
a TV vejo artístas
nos filmes e novelas...
e minha mente voa
falando comigo mesmo
me pergunto!

O que vou
escrever hoje?

Para que no outro
dia os meus amigos
leitores possam avaliar
se o que fiz foi
bom ou ruim.

Só sei que durante
tanto tempo pensando
e avaliando...
sempre haverá um
presente de letras a
compartilhar com
todos vocês.

(EDUARDO BARROS)

DESCONTROLE


Problemas da vida.
Coisas ruins do
dia a dia...
stress mental...
corporal.

Pensamentos
inúteis brigas
e discussões a
falta de amor
separação.

O patrão que
implica que briga
o desemprego
o medo...
falta de dinheiro
descontrole total.

A gana cadê a grana?
não vem...
a fila a ficha
preenchida o não ...
volta depois.

A rua pessoas
como formigas
nas calçadas...
doença a crença
suicídio a loucura o fim.

(EDUARDO BARROS)

segunda-feira, julho 17, 2006

VOYIER CASEIRO


Ela entra e fecha a porta eu estou excitado a vejo em pensamento se despindo
devagar... primeiro os grampos do cabelo soltando as alças da blusa e o sutiã que cai.

Sua cabeça desce a frente do corpo ela tira a calça estou ao basculante ela tira a calcinha. Coloca a toalha sobre o box e entra, chuveiro ligado água quente a
fumaça é densa mas a vejo... o sabonete esfregando o corpo com delicadeza o
shampoo ao cabelo... a espuma o perfume estou trêmulo, o tesão e eu a vejo.

Bela e nua como eu pensava ser... ela demora e eu espero da fresta a olho toda. A toalha é puxada ela começa pelos cabelos os seios as pernas e os pés... ela sai do box eu me afasto o espelho do banheiro é a minha mira.

Ela seca os cabelos e seu mundo proibido... estou suando e o medo que ela me veja
mais não saio. Ela se penteia coloca sua roupa eu retorno a sala como se nada
tivesse acontecido.
Eu viajo.

(EDUARDO BARROS)

OPINO...NÃO DISCRIMINO!


Eu penso
que amar
do amor
total não
tem sexo...
não discrimino respeito.

Mais pondero
e creio que o
amor homossexual
entre duas mulheres
é muito mais leve
aos olhos de que
vê mais puro do
que o dos homens...
pesado e imoral.

O amor do velcro
da malícia
da pureza
sem a testosterona
pesada a tona...
sem o sapato
do menino.

O amor masculino
do macho não
faz parte da minha
idéia do meu conceito...
não discrimino respeito.

Mais é feio sem
natureza imperfeito
inatural, irreal.

Prefiro o amor
feminino... p`ra mim
mais lindo limpo...
sem o sapato do menino.

(EDUARDO BARROS)

ENCONTRO SEM NOME


No bar entrei
um drink olhei,
a vi deu mole...
dançou.

Dancei na pista
com ela que bela,
abraços amassos
o beijo...

Saimos no carro
de fogo ardente
nos amamos ali
no banco...
o amor,
fazer amor...

A levo de volta
p`ra casa, a deixo
do tchau!
me vou...

(EDUARDO BARROS)

domingo, julho 16, 2006

TRES VERSOS


Dois novelos
duas linhas
que se juntam
que se formam
num desenho
de uma flor.


Dois rabiscos
dois riscos
na parede
daquela rua
que transforma
o sujo do
piche na
beleza da cor.



Dois lugares
dois amores
no jardim no
chafariz que
se deitam no
gramado que
fazem amor.

(EDUARDO BARROS)

SONO DE PRAIA


Na areia da praia
sentado só olhando
para o alto...
era noite um marinho
brilhante o céu estrelado
luzes brancas
ao longe satélites.

Da areia contemplo o mar...
as ondas batem forte
só vejo espuma
cor clara e azul.

Me deito, sonolento
e durmo... ao sol matinal
no meu rosto eu acordo,
e gaivotas pairam sobre mim.
Não era um sonho...

era real!

(EDUARDO BARROS)

FINAL DE FESTA


Da porta aos beijos
te puxo pelos braços
estamos chegando
da dança,
das luzes do som,
da magia.

A porta se fecha
nossas mãos
enlouquecidas se
desdobram, se dobram
e despem.

A camisa rasgada meu
peito peludo nos teus seios...
bicos alvos, excitados
muito suor... e eu te deito
sobre a mesa.

Roupas ao chão corpos
nus gemidos e gritos...
ela se entrega por inteira.

O jogo das línguas a troca
de pernas o cinzeiro que cai...
o forte aperto o gozo se faz.
E desmaiados cansados...

caimos ao chão
respiração ofegante.

Olhos nos olhos
dela e ela dorme caída,
serena em sono a
espera que eu a
leve pra cama.

(EDUARDO BARROS)

ESPÍRITO MESSIÂNICO


Naquela esquina eu paro
olho para o lado
e vejo o templo
e me contemplo.

Enormes degraus de pedra
branca eu subo...
parado a grande porta
eu paro ao fundo
o altar vazio e lindo.

Ao lado um grande vaso
e um lindo visual chego
perto e observo...
Ikebana um arranjo
floral do Japão.


Muitas cadeiras, tantas
pessoas fico olhando
e a moça me chama...
me chego até ela e
sento a sua frente.

A reverência por
um instante e suas
mãos sobre a minha
cabeça, os dois calados
eu me penso... é reza?
é passe?

Ao terminar novamente
a reverência...
afinal, estou num templo
japonês e tudo é silêncio
e eu me retiro.

Daquela calçada eu
olho p`ra cima de novo
aquele templo me viro...
e vou.

(EDUARDO BARROS)

sexta-feira, julho 14, 2006

VIDA PODRE DA ESQUINA


A lanterna ilumina
os passos de quem
anda no caminho
da maldade.

Chama e luz que alivia
os maltratados e
sujos das esquinas...
os podres e
as prostitudas enfeitadas
como uma árvore seca.

Chão lamacento e
podre onde ratos e
ratazanas sexuais
se fazem, se drogam a
escuridão promíscua do sexo.

Doentes sem mente
que chafurdam como porcos
no chiqueiro da
vida mundana.
A vida... insana.

(EDUARDO BARROS)

MEDO DA NOITE


Folhas nos galhos secos e
descascados larvas e ninhos vazios...
fungos humidecidos o tempo.
Paisagem hostil o nevoeiro baixo na mata...

o "FOG" se torna feroz e nada se vê.
A terra solta ao vento rolos de raízes

empurradas pelo vento forte...
a chuva fraca e o som dos
sapos grilos e morcegos...
é só o que se ouve.
Meus passos no caminho molhado...

pegadas fortes e profundas no chão...
eu retorno a casa de onde saí...
no meio do mato distante.
Eu corro de volta é o medo.

(EDUARDO BARROS)

APÓS O BANHO NUA


Após o banho,
nua ainda,
o corpo úmido
ao meu encontro,
visão, relembro,
cálido êxtase,
os seios entrevistos
no decote frouxo,
agora,
nua,
toalha molhada,
ressurge molhada,
fremindo,
suave embalo,
avidez de língua
e mãos,
nua,
vens,
perfume,
sulcos na pele,
ansiada espera,
curvas,
a entrega ao meu olhar,
bocas,
rosa túmida,
pétala,
sucção,
espuma,
resplandeces para mim,
nua,
após o banho.

(EDUARDO BARROS)

quinta-feira, julho 13, 2006

BIOGRAFIA ESTUDANTIL


Aos sete anos comecei...
na escola eu entrava minha
primeira turma que bagunça!
Uma mesa comprida um banco longo...
minha professora na porta gritava e nada.

Aos doze anos completo o admissão
rumo ao ginásio eu iria... quem diria!
Nada de repeteco...
minha sexta turma que bagunça!

Carteiras limpas e envernizadas p`ra dois...
eu e a Cris.

Aos quinze anos termino o ginásio...
foi difícil mais consegui!
sem repeteco...
com cola, hora bolas...
carteiras individuais com gaveta
minhas coisas guardadas.

Aos dezoito anos
cientificamente falando,
passo direto estudioso sem repeteco...
sem cola...
estou fora!
a carteira uma cadeira
lugar p`ra escrever e só.

Aos vinte e dois anos me formo
graduado e trabalhando sem repeteco...
sou professor...
sou biólogo e tudo termina nas
mãos de uma caneta um papel e feliz!
Caramba!
Desempregado.
Me sinto bem

deixo o tempo passar...
e não penso no passado,
vivo o presente
esperando o futuro.

Que vontade de rir.

(EDUARDO BARROS)

O LADO PODRE DO CIRCO DO ASFALTO


Vi os meninos descalsos
cabelos grandes e sujos
de short e sem camisa e
algumas bolinhas na mão.

A frente do pára-brisa crianças...
palhaços e malabaristas
tinha até um menino
contorcionista.

Onde estão os nossos circos?
A minha frente naquele asfalto de lona...
e eu até que relembrava
da minha infância.

Não essa infância do sinal de trânsito...
podre, vil patético e maldito.
O circo da esmola da faca no

pescoço do dinheiro dado e do roubado.
As buzinas tocam o sinal esta verde abriu...

meu tempo acabou!

(EDUARDO BARROS)

A SOMBRA DA IDADE


A sombra dos trinta
eu cheguei um dia ainda
jovem relembrava que
eu não parava um só tempo...

tinha medo e me perguntava
quando chegar o tempo do lobo,
do gavião?
Diziam eles...
Como seria?

Enfim cheguei aos quarenta o
medo se transforma em sabedoria
em experiência de vida.
Afinal, cheguei a metade da vida...
Que doce vida!
Agora quase aos cinquenta me

sinto soberano no limite do amor
no ápice da loucura me sinto
um garoto novamente.

Deixei a sombra dos quarenta p`ra trás...
e caminhando com firmeza da vida...
a força da jovialidade aflora como
a sombra da juventude eterna.

(EDUARDO BARROS)

FALTA INSPIRAÇÃO


Hoje estou triste!
Não porque briguei com alguém,
por alguém com meu anjo
loiro ou porque perdi alguém.

Hoje me sinto vazio
meus pensamentos longe...
sem memória...
um pouco angustiado.

Minhas mãos trêmulas não me
deixam colocar as palavras
certas no papel.


Hoje estou triste porque quero
colocar minhas idéias ou
inspirações pra fora...
e ela não chega.

Maldita fase do poeta que
por vezes até por dias...
deixa ele seu legado de leitores
a mercê, para trás...
e acaba maltratado em si mesmo
sem saber, ou poder fazer
o que ele mais faz!
Escrever p`ra vocês.

(EDUARDO BARROS)

quarta-feira, julho 12, 2006

SEXO ROUBADO DE UM SONHO


Chego da noite era festa
balbúrdia e nós ali eu e meu clã
parados falávamos baixo roupas
negras se adequavam ao nosso grupo.

Me deito penso como sempre
naquele caminho de volta p`ra casa escuro,
becos gatos e ratos o passo do sapato salto
alto de preto eu caminhava de volta p`ra casa.

Na esquina à direita na minha rua uma
voz eu me viro calada sem ação ele me
pega e me arrasta sem medo me entrego.

Deitados naquele chão sujo lamacento
ele me arranha e me morde... eu deixo.
Gemido do gozo do sexo tarado do estupro

roubado amor de vermes...
nas escuras dos becos.
Aperto suas costas incontrolável ele

sangra minhas unhas o perfuram e
novamente o gozo se faz...
minhas roupas negras espalhadas ele foje
e me deixa deitada, suja...
p`ra quem sabe outra hora outra
esquina de uma rua ele volte.
O sonho pesadelo que se

passa esperando que amanheça.

(EDUARDO BARROS)

DESCANSO DE MENINO


De férias escolares nós viajávamos...
acordar cedo quanta pressa pra partir.
De rosto colado no vidro da janela daquele

trem ainda de madeira eu olhava para o campo...
gritava, ria quanta alegria.
Naquele lugarejo ao chegar eu

pedia logo pra cavalgar...
aquele moço matudo com os arreios na mão...
me levava por caminhos novos desconhecidos.
O dia passava rápido tomava banho de rio

pescava piá no lago na cozinha eu olhava
as galinhas serem mortas...
achava engraçado e ria.
Aquele cozinheiro puxando o

pescoço da ave com força...
e as jogava no terreno de barro.
Pulavam e saltitavam...
depois paravam e mortas
serviam de alimento pra gente.
No final da tarde quase noite

sentava no banco da praça...
e escutava o moço com a sanfona
cantar aquelas modas do campo.
Cansado, deitado ao colo da minha mãe...

adormecia recuperava forças para o
outro dia de bagunça naquela roça.

(EDUARDO BARROS)

PALAVRAS CORRIDAS


Uso azul, ando blue
blue do céu das estrelas
naquela noite azul marinho...
passa um raio como um flash

na cadente night quente...
brisa, sopro vento norte

ar quente tanta gente...
grande pedra rocha viva

terra podre mata nua...
corre água serra abaixo

bicho medo tudo negro...
sol nascente céu fervente

novo dia tudo blue céu azul
outro dia
corre o dia
outra vez.

(EDUARDO BARROS)

terça-feira, julho 11, 2006

COISA DE POETA METIDO


As vezes eu paro medito, reflito, e me pergunto!
De onde vem tanta inspiração?
Eu escrevo e escrevo, todo dia assuntos

desiguais e todos os dias aparece algo...
minha mente sente a necessidade de tantas letras.
Me envolvo demais pareço possuído, engraçado! Ao terminar um escrito não sei o que escrevi... e retorno leio o que fiz.
Serão coisas de poeta?

ou do Profeta?
Só sei que escrevo muito e muito

a cada dia e da minha
escrita sai a poesia.

(EDUARDO BARROS)

POEMA DARKINIANO


Abro aquele portão
escuro velho
enferrujado...
o barulho da
corrente se faz o
cadeado se solta.

Na penumbra eu
de negro caminho...
o único som no ar
dos morcêgos
guinchando ruídos
e assobios.

A única luz a
das velas a da lua...
denso nevoeiro
sobre as tumbas...
"Fogu Factus"
brilham como
vagalumes.

Eu me sento
sobre a lápide
e converso...
não a ouço pois
ela se foi tão
nova ainda,
tão linda.

Ainda a sinto
por perto e coloco
flores negras sobre
seu último refúgio...
seu leito seu
chão funeral.

(EDUARDO BARROS)

VOCÊS AMIGOS VIRTUAIS



São tantos os amigos virtuais
amigos que me lêem amigos
que me escrevem
amigos que me ligam.

São tantos os amigos virtuais
amigos da retribuição do recado
amigos loucos de pedra e
da razão amigos felizes,
depressivos amigos do coração.



São tantos os amigos virtuais
amigos de outras línguas amigos
de outras terras amigos da
minha terra quantos são?

São tantos os amigos virtuais
amigos que eu respondo amigos
que eu adorno amigos
dos selos do award...
amigos do peito amigos da
vida amigos da despedida.


(EDUARDO BARROS)

segunda-feira, julho 10, 2006

SOLO DA TERRA




Raízes profundas entranhadas na terra solo da vida... vida que dá vida.
Sêres Orgânicos microscópicos.
Larvas se tornam pupas que se
transformam em lagartas que se transformam em borboletas... Metamorfose! Coisas da Vida. Teias, folhas e pequenos gravetos montam o ninho que de seus ovos adormecidos brotarão a vida do Vôo... os pássaros. Raízes profundas solo fértil que da vida, frutos caídos apodrecidos para um novo ciclo na vida do solo fértil... Sêres Orgânicos microscópicos.

(EDUARDO BARROS)

CAMINHADA PARA DEUS


Da angústia
demasiada
eu saio a porta
fora caminhando
por calçadas
desconhecidas
eu pensava...
a dor de não ter o
que se quer ter
colocam coisas
na minha mente.


E ao passar a frente paro e observo

aquele majestoso templo de Deus...
Eu entro olho o altar de longe ainda e me chego...

de joelhos eu rezo.
O silêncio toma conta daquela nave...

as lembranças impuras se afastam rapidamente.
O padre a minha frente me olha, calado...

eu choro emocionado.
De calçada em calçada encontrei o meu

abrigo de tanta tranquilidade...
eu havia entrado na Igreja de Nossa Senhora da Paz!

(EDUARDO BARROS)

CORRER ATÉ ELA


Atravesso o campo verde, o tapete gramado caminhos de flores e ela me espera...
Minha mente voa e loucuras se passam momentâneamente e ela me espera...
Excitado, e feliz eu corro até ela aquele campo ajardinado de recordações do passado de sonhos é longo...
Frondosa, linda eu a vejo e a minha espera linda, soberana ela me espera...
Enfim chego cansado o abraço forte sinto sua energia que passa em meu corpo. Sento e penso nesta bela e grandiosa árvore que plantei um dia.
(EDUARDO BARROS)

sábado, julho 08, 2006

SINTONIA DA SINFONIA


Sinfonia... ou
Sintonia?

Aquela música me enchia os ouvidos.
Quanto glamour tanta beleza.
Maestro, baquetas pratos

e violinos tantos violinos...
a platéia calada nem suspirava o
tilintar de um sino se ouve...
os tambores ensurdecidos
marcavam a sintonia da sinfonia.


(EDUARDO BARROS)

A FANFARRA


Sentado ao meio fio eu aguardo
no final daquela pequena rua...
vejo o brilho do sol naquela manhã
e o som magestoso que me seduz.

Aquela menina que brinca com seus
talabartes que rodopia que pula...
Tanta pureza e beleza.
O som grave das tubas, as cornetas

e flautins me trazem a infância
naquela praça no interior...
naquela rua no fim a praça e a
Igrejinha Padroeira da Cidade.

O povo se aglomera as crianças sassaricam,
riem e se divertem com aquele som que chega...
seus olhos brilham e eles vibram.
Que Fanfarra! Que Farra...
Muitos a tocar parecendo música

de Quartel diz a menina...
É a festa do Soldado que a Banda toca naquela

rua estreira todo os anos...
deixando para lá no tempo,
a saudade de mais um ano de Fanfarra.

Que farra!


(EDUARDO BARROS)

VIDA DE RIO


Na beleza de teu remanso
eu consigo compartilhar das suas corredeiras
o explendor das tuas águas.

Corredeiras, grandes pedras folhas e troncos
se esfregam no seu leito fustigante o som de
suas águas que invadem meus ouvidos como
se fosse uma cantata.

Do seu transparecer eu vejo os peixes
que alí habitam e sassaricam de
um lado a outro.

As folhas caem sobre ti.
Chega o inverno e você se veste de branco...
como se fora uma noiva linda...
esperando a sua primavera,
o verão rebelde que chega logo
após e te derrete em lágrimas.
E novamente no remanso daquele rio...

anos depois ti vejo correr a frente.
A vida...
vida de Rio.


(EDUARDO BARROS)

sexta-feira, julho 07, 2006

CORRER ATÉ ELA


Atravesso o campo verde,
o tapete gramado caminhos
de flores e ela me espera...
Minha mente voa e loucuras se

passam momentâneamente e ela me espera...
Excitado, e feliz eu corro até ela

aquele campo ajardinado de
recordações do passado de sonhos é longo...
Frondosa, linda eu a vejo e a

minha espera linda, soberana ela me espera...
Enfim chego cansado o abraço

forte sinto sua energia que passa em meu corpo.
Sento e penso nesta bela e
grandiosa árvore que plantei um dia.


(EDUARDO BARROS)

DITAS PALAVRAS


Ao vento me fatigo a brisa forte
que rasteia meu rosto minha pele.
Calado, sentado em murmúrio baixinho...

pensamentos flagelados perdidos.
Rumino palavras e imagens e

na minha loucura lúcida...
eu reflito.
E naquela pedra sentado me
entrego aos deuses da solidão.
Eterno sonhador que na timidez ávida

faz com que consiga nesta pedra sentado...
desabafar e ter a minha frente tão
grandiosa imagem a me socorrer.


(EDUARDO BARROS)

SER PAI, SER MÃE



Confesso, sou macho e que nós é que padecemos no paraíso...
Nós homens temos que aguentar

orgasmos múltiplos,
mordidas, arranhões
e baton na camisa...

Nós homens temos que esperar
que elas sangrem todo mês
e ainda exigem que
não nos masturbemos...

Nós homens temos que diluir
o mal humor da TPM...
Nós homens temos que colocar

coleira em dia que elas vão a shopping
e visitar todas as lojas só pra agradá-las...
Enfim!
Nós homens pelo menos temos

vocês deliciosas amadas gostosas
para dar a luz e deixar que nós
homens sejamos chamados
de Pai um dia.


(EDUARDO BARROS)

quinta-feira, julho 06, 2006

MINHA MÃE AS VEZES TORRA


No trabalho, me atrapalho
ela de novo com histórias sem nexo.
Não inspiro... o inspirar dos versos,
das minhas poesias
quero silêncio e ela não deixa...
histórias sem nexo.

Palavras sem conteúdo vizinhos,
novelas, o remédio acabou.
O tempo vai mudar...

o tempo tá mudando...
a vizinha do 705 se mudou...
aquele artista famoso morreu...
não esquece o remédio da pressão...

Que saco!

Eu me enervo e ela não nota.
Porque será que a idade longa
faz da gente chatos e incoerentes?
E ela não nota...

e percebendo que não da mais,
eu desisto esperando que ela se afaste,
para que meus poéticos pensamentos
retornem a lucidez novamente.


(EDUARDO BARROS)