segunda-feira, outubro 23, 2006

ANSIOLÍTICO


Não me sinto a vontade, quero me deitar e sonhar ter pesadelos profundos,
sarcásticos...

Ando cansado.
A mente rebate contra tudo que procuro trazer para me distrair, o estresse, o bulbo e o radiano que não se polarizam...

O peito fica apertado.
Uma tristeza profunda me abate, uma agonia se fixa e se torna presente, as mãos suadas e a arritmia, colapso total...

O rádio que toca rock... A notícia ruim da morte... A jogo chato, do time fraco...
O locutor que grita... A propaganda.

Vou desligar!
O botão do rádio, desligado.
A Paz!

O interruptor da lâmpada!
do quarto, o sono que veio.

O remédio que faz efeito!
a tarja negra, o apago final.


(EDUARDO BARROS)

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