quarta-feira, agosto 02, 2006

LEPDÓPTERA


Ao despertar-me da pulpa, senti a brisa bater forte sobre minhas asas que ainda úmida pelo sereno da noite, fazia com que eu ainda não alçasse vôo. Com minhas minúsculas antenas sensoriais, eu já sentia o cheiro da mata verde ainda molhada pelo sereno da noite ... e aos poucos eu conseguia meus pequenos passos para aquela vida perigosa. Flores ...quantas flores, meu alimento por pouco tempo, seu pólem que com meu revoar fariam germinar tantas e belas árvores e mais flores, para assim recriar o nosso mundo novamente. Terei pouco tempo de vida ... E tentarei aproveitar o máximo ... Para tornar os seus olhos ... A beleza de ser uma borboleta.

(EDUARDO BARROS)

1 comentário:

Anónimo disse...

Senti em minha pele sua poesia...
É simplesmente encantadora e apaixonante...Amei...
Estou estudando sobre a Ordem Lepidóptera e notei que é espetacular sua poesia.

Obrigada