
De férias escolares nós viajávamos...
acordar cedo quanta pressa pra partir.
De rosto colado no vidro da janela daquele
trem ainda de madeira eu olhava para o campo...
gritava, ria quanta alegria.
Naquele lugarejo ao chegar eu
pedia logo pra cavalgar...
aquele moço matudo com os arreios na mão...
me levava por caminhos novos desconhecidos.
O dia passava rápido tomava banho de rio
pescava piá no lago na cozinha eu olhava
as galinhas serem mortas...
achava engraçado e ria.
Aquele cozinheiro puxando o
pescoço da ave com força...
e as jogava no terreno de barro.
Pulavam e saltitavam...
depois paravam e mortas
serviam de alimento pra gente.
No final da tarde quase noite
sentava no banco da praça...
e escutava o moço com a sanfona
cantar aquelas modas do campo.
Cansado, deitado ao colo da minha mãe...
adormecia recuperava forças para o
outro dia de bagunça naquela roça.
(EDUARDO BARROS)
1 comentário:
Achei simples e verdadeira "Descanso de Menino". Quem ja não passou por uma estória parecida como essa. Mamãe estava lendo e disse que quando era menina, não via a hora de chegar as ferias escolares para seguir viagen de trem para o interior, fazenda onde moravam os parentes da babà dela. E tudo acontecia exatamente como narrou o amigo Eduardo em forma tão simples e poética . Gostei muito dessa poesia assim como as demais. Continue a nos presenyear com elas amigo querido...
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