terça-feira, julho 11, 2006

POEMA DARKINIANO


Abro aquele portão
escuro velho
enferrujado...
o barulho da
corrente se faz o
cadeado se solta.

Na penumbra eu
de negro caminho...
o único som no ar
dos morcêgos
guinchando ruídos
e assobios.

A única luz a
das velas a da lua...
denso nevoeiro
sobre as tumbas...
"Fogu Factus"
brilham como
vagalumes.

Eu me sento
sobre a lápide
e converso...
não a ouço pois
ela se foi tão
nova ainda,
tão linda.

Ainda a sinto
por perto e coloco
flores negras sobre
seu último refúgio...
seu leito seu
chão funeral.

(EDUARDO BARROS)

Sem comentários: