quinta-feira, julho 06, 2006

MINHA MÃE AS VEZES TORRA


No trabalho, me atrapalho
ela de novo com histórias sem nexo.
Não inspiro... o inspirar dos versos,
das minhas poesias
quero silêncio e ela não deixa...
histórias sem nexo.

Palavras sem conteúdo vizinhos,
novelas, o remédio acabou.
O tempo vai mudar...

o tempo tá mudando...
a vizinha do 705 se mudou...
aquele artista famoso morreu...
não esquece o remédio da pressão...

Que saco!

Eu me enervo e ela não nota.
Porque será que a idade longa
faz da gente chatos e incoerentes?
E ela não nota...

e percebendo que não da mais,
eu desisto esperando que ela se afaste,
para que meus poéticos pensamentos
retornem a lucidez novamente.


(EDUARDO BARROS)

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