quinta-feira, julho 20, 2006
MORIBUNDO
Atirei pedras
sobre aquele
pobre moribundo
deitado calado
olhos baixos
e tristes.
Ao vê-lo parado
estático sem ação
olhando dentro
de mim
me arrependi.
Tentei sair correr
fugir e meus pés
presos ao chão
não deixava.
O momento do
remorso atormenta
chego perto o toco
e ele parado
calado me olha.
O perdão fala mais
alto e como a leveza
de um anjo eu o abraço.
Ele com suas mãos
sobre mim
abraça-me
também.
Puxo do bolso uma
nota de dez e aquele
moribundo me diz
numa só frase
repentina.
Deus o abençoe te
guarde vá com Ele
me deixe a vontade
segue teu caminho
cedeu o seu carinho
você é um
homem bom.
(EDUARDO BARROS)
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