segunda-feira, julho 03, 2006

FIM DE TARDE


No pontal daquela pedra molhada pelas ondas jogadas sobre meu corpo eu me sentia o dono do mundo.
Eu olhava lá a frente o horizonte, os barcos pesqueiros que cruzavam aquela linha sem fim.
E as linhas lançadas ao mar, ao meu lado, arremeços fortes na busca de um belo peixe, o troféu daqueles homens.
Pensativo, eu meditava sobre tantas coisas, meu corpo molhado, fazia calor, e eu ainda com um punhado daquela areia branca, fina que peguei quando passava.
Alí naquela pedra eu esperava o tempo passar, o anoitecer e o pôr do sol chegando... pois todos os dias, na hora certa, uma pintura diferente e tão linda se fazia ver a frente dos meus olhos.



(EDUARDO BARROS)

Sem comentários: