quinta-feira, julho 13, 2006

O LADO PODRE DO CIRCO DO ASFALTO


Vi os meninos descalsos
cabelos grandes e sujos
de short e sem camisa e
algumas bolinhas na mão.

A frente do pára-brisa crianças...
palhaços e malabaristas
tinha até um menino
contorcionista.

Onde estão os nossos circos?
A minha frente naquele asfalto de lona...
e eu até que relembrava
da minha infância.

Não essa infância do sinal de trânsito...
podre, vil patético e maldito.
O circo da esmola da faca no

pescoço do dinheiro dado e do roubado.
As buzinas tocam o sinal esta verde abriu...

meu tempo acabou!

(EDUARDO BARROS)